DE MIM MESMO, ÀS VEZES...
Às vezes, de mim mesmo zombo,
Me domino por esse meu arrojo,
Me zombar, me xingar. sentir nojo,
Ao me mover entre meus escombros,
E me vejo engavetado em estojo,
Tais lápis pintando cores em adorno...
Minha vida, ela tem seus contornos,
Durante o verão, inverno e outono,
E à ela, na primavera me anteponho,
Porque preciso do seu sutil apoio
Para curtir os meus morais arrogos
Que acho serem imorais e loucos...
Vivendo sigo, entre uns e outros,
Tomando o meu café sempre morno,
Me cuidando em não ser estorvo
À outrens de meus confrontos,
E, me sentindo em abandono,
Sigo à frente do destino sem retorno...