ESTA POESIA

Ando indeciso entre amar ou ficar quieto,

reparo nas coisas ao redor para a conclusão,

se caminho até o oásis ou se então deserto

se tornará a parte indecisa do meu coração...

A indecisão me torna um sujeito de ar suspeito,

paro na esquina em que os mundos se dividem,

devoro sensações e umas guardo dentro do peito,

fluxos de poesias indefinidas me buscam, me afligem...

Ligo em busco de notícias e leio todo jornal,

mal anda o mundo neste quesito, o de amar,

trágicos desfechos me confundem e igual

a um náufrago desesperado me afogo nesse mar...

De repente como um repente repentinamente repetido

descubro um olhar entre milhares de olhares vazios,

e como se tivesse algo sem antes nunca ter tido

descubro o amor e agora sei que é quente e frio...

A indecisão saía de casa pela porta dos fundos,

pela da frente entrava o ser mais lindo, e ria

por trazer cores violetas e intensas a este mundo,

voltava eu meu rosto ao branco revelando esta poesia...