OS DOIS ALICERCES
A tempestade veio,
A angústia surgiu,
O vento soprou forte
E com ele a alegria se esvaiu.
O mar se levantou,
Com grande fúria suas águas
Sobre a vida agitou.
As ondas chegaram à margem,
Levando com elas a esperança,
A vontade de lutar,
a força e a coragem.
Tudo parecia tão bem,
O vento era favorável,
As águas calmas,
O tempo estável.
Não esperava uma tempestade,
Acreditava que tudo daria certo,
Que seria feliz de verdade
E que em sua vida havia passado o tempo deserto.
As circunstâncias pareciam
As melhores possíveis,
Problemas não havia
Ou, se existiam,
Eram invisíveis.
Não havia preocupações
Ou motivos pra se desesperar,
Não havia razão para inquietações,
Tudo o que acontecia era motivo para avançar.
Mas foi tudo "tão de repente'
A força do vento foi mais forte,
A vida e felicidade aparente
Deram lugar à dor e à morte.
A casa parecia edificada sobre A Rocha.
Mas parecer não é ser
Nem ainda é estar,
Para que na vida se possa vencer
A casa é o Senhor quem tem que guardar.
Se o Senhor não edificar a casa,
Em vão trabalham os que a edificam,
Se não guardar a cidade,
Em vão as sentinelas vigiam.
Não edifique a casa sobre a areia,
Pois, se descer a chuva e os rios correrem,
Se os ventos soprarem e a ela combaterem
Ela cairá
E grande será a sua queda.
Edifique a casa sobre A Rocha,
Pois, ainda que desça a chuva
E os rios corram,
E os ventos assoprem e a combatam,
Ela não cai, permanece firme,
Pois estará alicerçada no Senhor Jesus,
Que é a Rocha eterna e inabalável
E como a casa será a sua vida:
Cheia de amor e de paz
E de alegria infindável.
Em 15 de outubro de 2006.