ALMA ENCORUJADA

Às vezes suspiro,

Noutras vezes, tardo

Às vezes me retiro,

Outras vezes ardo.

Em todas, prefiro

Carregar o fardo

Nos lençóis me atiro

Mas o insonar é largo.

Se a manhã é ensolarada,

Mas a alma, encorujada,

Assim mesmo, caminho.

Vida meio bandida,

Mas sempre apetecida,

Acompanhado ou sozinho.

*Soneto na estrutura, mas sem regras e sem métrica.