VESTIDO DE BRISA

O hábito, o paramento,

O breviário de folhas lisas...

Comporta o catavento,

Sou feito de brisas.

Refresco (acho) calores,

Rolo papelzinho na rua,

Disperso pólen de flores,

Sou porto sem gruas.

Trago vagas à madeira do pier,

Faço intercâmbio de aromas.

Não sei fechar, não sei abrir,

Não sei fundir juras e somas.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 01/05/2019
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