Sóbrio eu pergunto

O Campo relvado

Está a encantar

O sol elevado

Está a brilhar

O solo escalvado

Só pode rachar

Caminho silvado

Só pode afrouxar

Vida sem cortejo

É triste de ver

Amor sem pelejo

Talvez deva ter

Brandura na terra

Raridade nos atos

Candura na fera

Brevidade nos gatos

Talvez deva ter

Um homem feliz

E esse deva ser

A força motriz

Talvez seja um Deus

Um homem distinto

Presente, com seus:

Os filhos extintos

Virarei defunto

E Assim morrerei

E sóbrio eu pergunto:

Para aonde irei?

José Rony de Andrade Alves
Enviado por José Rony de Andrade Alves em 24/03/2019
Reeditado em 25/03/2019
Código do texto: T6606012
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