JOGARAM UMA CRIANÇA NO LIXO
A morte
Jogaram uma criança recesnascida no Lixo.
-foi a mãe, miserável assassina, desumana!
Uma voz indaga:
- E o pai .. !?
Que diria Manoel Bandeira
Que viu um homem mexendo o lixo em 1947 e ficou horrorizado!
A vida
Uma Senhora achou a criança e penalizada abraçou:
-Que coisa linda! acolheu no seu peito
Em lágrimas, e confessou a si mesmo a amar
Aquele anjinho.
O censo comum:
Procurem a mãe, a louca desprezível, miserável
Ela dobrou a esquina!
Passou aqui correndo toda ensanguentada
Vamos pegá-la, criminosa
Assasina do próprio filho é uma desalmada!
Diálogo:
O poeta a mae e uma mulher da rua.
- O poeta sabia que era ele a criança jogada no lixo.
- Que houve minha filha deixe eu abraca-lá!
Preciso senti-la junto a meu peito
Não, não fale nada!
De súbito ela desperta assustada
ler o olhar crítico das pessoas , apavorada feito um animal acuado rosna
-Porque deixou aquele diamante ali, pergunta a mulher da rua?
-Ali onde!?
-No lixo?
-Não joguei ninguem aos gritos rosnando esclama
-eu ouvir uma voz dizendo
Ela não é sua!
Essa criança não é sua!
deixará no lugar que reflita o coração dos homens
O lixo não é o lugar que parece com o coração humano ?
O delirio
- A voz na minha cabeça gritou
Jogue ai, esse lixo! eu chorei e joguei. ( ela
Jogou o diamante, sem saber )
Abracei essa mãe infeliz
Desvairada e ausente
A frieza Social
Abandonada completamente sem familia, sem igreja, sem amigos com a alma despedaçada.
Quase apedrejada pelas religiosas virtuosas!
-O que você levava nos braços
E jogou ali na esquina minha filha?
Joguei; na esquina, o que?
A lucidez adoecida
-Joguei apenas o
que a vida me deu
-O que a vida te deu?
Pergunta o poeta
O que a vida me deu
Eu jogei na esquina!