Da minha janela

Da minha janela vejo tudo

Carros que passam atrasados

Jardins sendo regados

Daqui é tudo tão miúdo!

Da minha janela vejo pressa

Sapatos guiam os transeuntes

Poças de lama, buracos, rejuntes

A vida voa, caminham depressa.

Da minha janela aprecio

Essa multidão de iguais

Olhos que não se fitam mais

Olhares que exalam frio.

Da minha janela sou mais um

Vejo e não sou visto

Para essa gente nem existo

Isto, registro, um dia comum.

Tiago Russo
Enviado por Tiago Russo em 17/03/2019
Código do texto: T6600628
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