O TEMPO...
O tempo tem doutorado para estragar o corpo da gente.
Hoje não posso mais amar total, nem correr, dar salto mortal...
Eu não vejo longe, nem ouço o distante; a carga pesa demais, agora.
Eu já nasci meio velho, aos cinco anos já me pesavam para cinquenta.
Aos cinquenta ainda tenho olho de criança de cinco anos para a poesia.
De certo o tempo deteriora o corpo, apenas; a alma jaze guria, sempre.
Ainda corre em mim a criança que eu não permiti brincar no tempo certo!