Borboletas...
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Andava eu sisudo,
De um canto ao outro
Meus pés arrastavam,
Nem sentia o chão.

Pensamentos me vinham,
Na mesma hora fugiam,
Apenas cenas normais rodavam,
Mas nada! Nada de inspiração.

O trabalho fluía,
Tudo na mais perfeita harmonia
O controle era meu,
Tinha ciência da situação.

Passavam insights ligeiros,
Mas tudo logo se derretia
Pois não veio inteiro
A fagulha, ...o sopro, ...a inspiração.

Às vezes acontecem,
Coisas assim meio esquisitas,
Uma espécie de vácuo 
Numa ausência completa, de imaginação.

Fica tudo sem gosto,
...uma vistosa comida; mas insípida
Pois não havia chegado,
A sempre e bem vinda,
A doce inspiração.

Aí, deveras aborrecido,
Já quase me conformando
Tentando aliviar a cabeça,
...desacelerar coração.

De repente, como num toque Divino,
...como um raio de sol, 
Tênue e fino
Me vem se mostrando
A tão esperada, a tão aguardada,
A sempre achegada, a inspiração.

Passa por mim,
Como desfila uma linda rainha
E numa volta completa,
Quase pousa em minhas mãos.

Retorna pra mim
 Vindo pra trazer luz, fazer festa 
Trazer o quê naquela hora, eu não tinha
E foi com o voo de uma linda borboleta
Que voltou minha amiga, a inspiração!
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“Borboletas em mil cores
Maravilha, várias formas
Incontáveis belezas, em espécies
Enamoram a natureza das flores
Descrevem suavidades
Ensinam o que é amar de verdade
Tecendo todas, o fio dourado
Com os quais se costuram os amores”.

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