Almirante ao Mar

Enquanto teus olhos os miravam o Pôr do Sol

Meus sonhos te viam a beira mar

Enquanto seus sonhos viajam por outras belas vidas

Minha vida lhe espera

Enquanto teus olhos querem ver o mundo

Os meus sonhos lhe chamam para ser o meu

Jogado ao mar, nado em busca de solo

Meu navio foi a traição de seu comandante

Devo amparar minha vida

Fazer justiça aos terrores algozes

E antes

Deve chegar vivo à terra firme!

O almirante seguiu sua sina

Deve cumprir seu caminho

E, então

Será livre para regressar pelo fio vermelho

Que lhe guiará ao ser que lhe espera na outra margem

Deve encontrar no emaranhado de fios cortados

O que lhe faz complemento

Sim!

Deve estar completo em si

Dois seres, completos

Em União, são amor infinito

Não necessitam do outro em sua vida

Mas o escolhem para ser uma vida comum

Uma vida formada por 2

Mas que se multiplica em outros amores

Mas antes de te, nobre almirante

Repousa minha espada

Só a encontrará o tão nobre cavalheiro

Sua senhora é como o vento

Livre!

Foge sorrateiramente, ao menor sinal de prisão

Seu sonho, nobre cavalheiro,

É dar aos pobres seres infântis

O colo materno que lhes foi roubado pelo mundo

Sua senhora respira amor maternal

Só entregará sua espada

Depois do sonho real

Somente ao algoz que lhe acrescentar a vida

A espada abrirá suas doces correntes

E desatará os grilhões que lhe prendem a alma

A Rosa
Enviado por A Rosa em 20/02/2019
Reeditado em 25/03/2019
Código do texto: T6579671
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