Almirante ao Mar
Enquanto teus olhos os miravam o Pôr do Sol
Meus sonhos te viam a beira mar
Enquanto seus sonhos viajam por outras belas vidas
Minha vida lhe espera
Enquanto teus olhos querem ver o mundo
Os meus sonhos lhe chamam para ser o meu
Jogado ao mar, nado em busca de solo
Meu navio foi a traição de seu comandante
Devo amparar minha vida
Fazer justiça aos terrores algozes
E antes
Deve chegar vivo à terra firme!
O almirante seguiu sua sina
Deve cumprir seu caminho
E, então
Será livre para regressar pelo fio vermelho
Que lhe guiará ao ser que lhe espera na outra margem
Deve encontrar no emaranhado de fios cortados
O que lhe faz complemento
Sim!
Deve estar completo em si
Dois seres, completos
Em União, são amor infinito
Não necessitam do outro em sua vida
Mas o escolhem para ser uma vida comum
Uma vida formada por 2
Mas que se multiplica em outros amores
Mas antes de te, nobre almirante
Repousa minha espada
Só a encontrará o tão nobre cavalheiro
Sua senhora é como o vento
Livre!
Foge sorrateiramente, ao menor sinal de prisão
Seu sonho, nobre cavalheiro,
É dar aos pobres seres infântis
O colo materno que lhes foi roubado pelo mundo
Sua senhora respira amor maternal
Só entregará sua espada
Depois do sonho real
Somente ao algoz que lhe acrescentar a vida
A espada abrirá suas doces correntes
E desatará os grilhões que lhe prendem a alma