Carta para quem ler

Palavras podem ser leves, ou pesadas.

Como armas de guerra em suas aljavas.

A escolha é de quem as usa, e como são usadas.

Se nos céus sendo luz, ou relâmpagos ao chão; Se Nos ouvidos sendo conforto, ou soando como um trovão.

Prefiro eu então, sofrer nos mártires da escravidão, e não transpassar a quem lê, a real dor que inquieta o coração.

Mas é uma ironia caro leitor, que agora ouvistes sobre essa dor, mas não a sentes em teu favor.

Apenas então aquieta-te sobre o pouso breve dos tais relâmpagos em procissão; que por mim, dor não trarão! Somente te iluminarão nessa breve escuridão.

Lembra-te que a vida é vivida de segundos em comunhão. Cada um em seu cada qual, formando assim essa preciosa noção, que é escolha das palavras em tuas mãos.

E agora caro leitor, voltando as armas de guerrilha, espero que em tuas terras essa poesia repouse não como guerra, mas como calmaria, afagando o teu coração.