Não deixe ser em vão

Nada foi vão.

Nada foi insignificante.

Há valor em cada estação

Seja a do gelo ou a do calor escaldante.

Sou fruto dos que partiram

Dos que ficaram e dos que virão.

Algumas folhas caíram

Mas a árvore não.

Estamos todos ligados

Unidos por uma raiz comum

Mesmo distantes e calados

Ainda somos um.

Os tropeços afastam companheiros.

Admiração vira ódio e a amizade um suspiro contido.

O sorriso que era tão verdadeiro

Foi cruelmente banido.

E cada memória tem a sua versão da caminhada.

Toda personagem se sente escritor.

E qual versão é a certa, qual é a errada?

O livro fica mais confuso do que letra de doutor.

Mas eu escolho deixar minha alma enfeitada

Com flores, cores e gratidão.

Porque por maior que seja esta estrada.

Sembre haverá um esbarrão.

E mesmo que sejamos teimosos e imaturos.

Mesmo que continuemos fingindo que nada aconteceu.

Mesmo que aumentemos os nossos muros.

Não podemos apagar o que o coração já viveu.

Crislaine Rosa
Enviado por Crislaine Rosa em 07/02/2019
Código do texto: T6569616
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