Poema de Amor de Vô

O olhar já perdia o brilho

Passos cada vez mais lentos

A pele com outra textura

Na solidão dos pensamentos

Várias luas se passaram

Desde o ciclo da semente

A espera irrompeu em choro

Dando à vida seu presente

Um amor nasceu de pronto

Da singeleza de um olhar

O passado virou moço

Pra o futuro acompanhar

A mão firme foi um norte

A voz doce, sinfonia

O perfume, acalanto

Para as horas de agonia

Caminhos trilhados juntos

Com ternura e com afeto

Por mais que a vida afaste

Vive um avô dentro do neto

Bruno Seligman de Menezes
Enviado por Bruno Seligman de Menezes em 04/02/2019
Reeditado em 05/02/2019
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