Por força da fraqueza

Quantas mãos se indispuseram

por força de tua fraqueza

e tantas se interpuseram

por condoer-se, por amor...

O vício te fez feitor

do teu viver mazelado

e fez te tornar o escravo

vil e parvo de sua loucura...

fez mutilar-te à amargura

em ter entes desgarrados

te fez sentir condenado

sem ter forças pra lutar...

sem cura

teu limo há de vir com o asco

sarjeta a pesados fardos

tua cruz, hás de carregar...

e as setas do alheio olhar

são, agora, em ti, teu carrasco

se as quedas não te ensinaram

ninguém pode te ajudar.