Conto pós-moderno não recomendado para crianças
A tristeza é um monstro
Um bicho em sete cabeças
A tristeza é um botão
Que espera na espreita
E liga quando você está no chão
A aproximação dela não é culpa
Não é vontade, ou designação
A alegria é sonora rodovia
Que passa pelas ruas da cidade
E quando passa, perde expressão
É preciso conversar mais sobre
O monstro quer sempre abrigo
Por vezes uma praga incontrolável
Nem sempre um pesticida faz ruído
E esse veneno não é recomendado
A tristeza não é um sopro
É furacão na cabeça de quem sente
Se não entende quem a tem
Não julgue a todo o custo
Sua falta de empatia é acidente
A tristeza não vai ser eterna
A nova onda de alegria vai chegar
O monstro vai perder sua força
Todas as vozes ruins vão se calar
E as coisas positivas vão ressurgir
E não, não vamos desistir
Há muita coisa boa para sentir