LOGAREJOS

Dá-me um naco que queijo

É um bote de cerveja,

Vamos conversar sobre as asperezas da vida.

Os caminhos de lama, ora de poeira.

Um raio caiu no guarda-chuvas,

Os filhos, os seus estudos.

Sobre o perigo das motocicletas,

Sobre a enchente que pode vir,

Sobre a sensibilidade do tato

Em mãos de trabalho calejadas.

Do fino trato que devemos dispensar

Aos amigos dos amigos dos amigos.

Falarei de Teresa

E confesso, ela ainda espera em ti.

Na sombra da paineira

Tem um banco e uma mesa.

Brindemos à feliz infância,

à plena juventude

E à velhice eterna.

Cortaremos com o mesmo canivete

Os apêndices, ou os capítulos tristes demais,

As cascas de laranja secaram e já brotam

Umas sementes, desde o último encontro.

- Esta rua, mas está rua tinha outro nome!

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 18/01/2019
Reeditado em 17/01/2021
Código do texto: T6553915
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