COMO?
Como é que se mede o que não procede
do que se leu e do que foi lido
e nem se sabe como se deve
sentir o que não faz sentido?
A vida como um livro entreaberto
nem de longe explica as descobertas
e nem revela o antigo e o moderno
nas palavras dos poetas estetas...
Cada ato sugere um ato novo
e após isso mais um passo no caminho
desvendando o que está dentro do ovo
se só um omelete ou mais um pintinho...
Envolvendo todo o sistema humano e solar
mal amanhece abrindo os braços o dia
nos contando das águas profundas no mar
e das profundezas da sagrada poesia...
Como é que se taxa o ir e vir sobre a estrada
se nada nos cobra os raios mansos do luar?
Como cobramos amor a quem não nos dá nada
menos ainda um suposto sentimento de amar?