PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DA FÉ
Ao dormir rezo com fé
Com fé ponho fé na fé
E sinto que no meu intimo
Existe uma razão
Diante da minha existência.
Vejo que ser forte
Urge a esperança
De enfrentar dias melhores
Por pior que se diga ruins.
Tiro de mim a certeza
De que naquele noite
Muitos dormiram e não acordaram
De que muitos só tiveram
Como simples abrigo
Um papelão debaixo
De uma marquise ou viaduto
E ainda tiveram tempo
De agradecer Pai Poderoso
Pelo prazer de estar vivo.
Apesar da ciranda da vida
Mas tiro de mim:
A ternura da felicidade
De um mundo capaz
Onde todos possa atingir
Seus melhores objetivos
Onde a fome e a sede
Não persista por muito tempo
Em muitos lares.
Abrir os olhos pela manhã
Nem sempre é a certeza
De todo ser humano!
Enquanto uns vão outros ficam
E nesse mesmo ciclo outros nascem.
Assim como nasce o sol
Nasce a lua, surge a chuva
A tempestade, o frio
A fé como elo que liga
Seu intimo ao infinito
Jamais te negará
A força secreta que possa
Remover todos obstáculos na vida.
JOSÉ ANTONIO S. DA CRUZ
SALVADOR-BA 14/01/2019