A menina
Certa vez era uma menina
não como outras tantas fosse
doce, mas não como uma colombina
fascina, mas não como se fosse doce
brilho nos olhos nem sempre tivera
a vida não fora-lhe gentil,
talvez vil, pois nunca lhe fora sincera
também pudera se ela nunca lhe viu
e sofria um sofrimento mudo
e viveu sem rancor guardar
pensar já não pensava de tudo
mas esse tudo insistia em falar
E ela lutou bravamente
tão sagaz e feroz que a vida lhe sorriu
ou ela que riu sarcasticamente
porque a vida por si despiu