Confissões De Abril

Fora um sonho sussurrado

Pela afetuosa primavera,

Cuidado pela inocência

E colhido pelo presente

Que trilha seu movimento

Em passos imprevisíveis.

Enquanto vemos

O passar de mais um dia

Em que permanecemos acordados

Num profundo sono,

Esperando em quietude

Pelo despertar inevitável,

Assim como involuntário,

De tudo o que tecemos à ilusões.

Não ficam mais em segredo

As intenções que escrevemos

Na esperança de que

Chegue uma hora em que

Não será mais possível

Mantê-las em raso propósito.

Agora são peças,

De um quebra-cabeça,

De um mistério,

De um segredo,

De uma verdade,

De uma fortunada mentira.

E se são mesmo mentiras,

Terei então de ser parte

De cada uma delas.

Jogado ao intangível

Da mais crível inverdade que crio.

São floreios de sensações,

Tempestades de negações,

Farfalhar de promessas

E metamorfose de pensamentos.

Confissões afinal,

As imperfeitas uniões

De contrariedades incompatíveis

Com todas as semelhanças

Em perfeita harmonia.

Daniel Yukon
Enviado por Daniel Yukon em 11/01/2019
Código do texto: T6548097
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