Flores que inventei

A gente não tem tempo.

Olhe bem nos meus olhos

E veja, tudo é demasiado

E contraditório... a imperícia

De uns, a demagogia de

Outros, um encontro

Estranho e real, mas incompleto.

Tudo bem, se eu não quiser

Falar de nada, nem das

Coisas sob as quais eu

Saiba alguma coisa. Vejo um

Rio e o compreendo, de

Uma forma inata, nada que

Um cientista aprovaria.

Tanto faz, não estou aqui pra

Isso, nem tenho vontade

De me comportar como um

Bom sujeito, ou um intelectual

Que se esconde da vida.

Não quero fazer versos, escrever

Cartas de amor, não quero me

Prender. Gosto do que vejo

Amo a liberdade, e me esqueço

Quase sempre de falar de rosas,

Flores que inventei, amores pro-

ibidos e o tempo, mas sempre

Começo assim, meus poemas e,

Inconscientemente, a vida.

João Barros
Enviado por João Barros em 18/12/2018
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