Flores que inventei
A gente não tem tempo.
Olhe bem nos meus olhos
E veja, tudo é demasiado
E contraditório... a imperícia
De uns, a demagogia de
Outros, um encontro
Estranho e real, mas incompleto.
Tudo bem, se eu não quiser
Falar de nada, nem das
Coisas sob as quais eu
Saiba alguma coisa. Vejo um
Rio e o compreendo, de
Uma forma inata, nada que
Um cientista aprovaria.
Tanto faz, não estou aqui pra
Isso, nem tenho vontade
De me comportar como um
Bom sujeito, ou um intelectual
Que se esconde da vida.
Não quero fazer versos, escrever
Cartas de amor, não quero me
Prender. Gosto do que vejo
Amo a liberdade, e me esqueço
Quase sempre de falar de rosas,
Flores que inventei, amores pro-
ibidos e o tempo, mas sempre
Começo assim, meus poemas e,
Inconscientemente, a vida.