O fim de gentes vivas e mortas

Eu vejo gentes

Não gentes mortas

Mas gentes vivas

Que vivem a sorrir

O morto sou eu

Que perambulo pela vida

Me escondo nas trevas

E não vejo a vida passar

Igual aos outros

Não sou bandido

Pois

Não sirvo para isso

Mas sou uma ave soturna

Que rasteja à noite

E se esconde de dia

Não se esconde de nada palpavel

Se esconde apenas da realidade

Eu vejo gentes

Não gentes mortas

Mas gentes vivas

Que são igual a mim

Esperamos que acabe o mundo

E de nós e os outros

Vejamos o fim.

A Guilherme Gonçalves
Enviado por A Guilherme Gonçalves em 10/12/2018
Código do texto: T6523477
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.