Passos

E por fim... Seus passos,

Pés feridos descalço,

Um movimento em falso

Se detém ao chão

Com graça se levanta

Como se fizesse parte da dança

Corre rodopia e de volta ao chão,

Por mais que já tivesse tentado

Com o joelho machucado

O tornozelo torcido

O que doía mais

Era o coração despedaçado

Dolorido e mal humorado

Por errar, mil vezes depois de tentar

Chegava a perfeição

Só então

Descansar um pouquinho,

Apreciar uma taça de vinho

E então voltar ao salão,

Afinal depois de tanto treino

Esse era basicamente o seu reino

Tinha que brilhar, reluzir e encantar

Inspirar, tocar a todos no grande salão,

Não perca seu tempo,

A perfeição não vem do momento,

vem direto do coração

Ali, ali mesmo bem no meio

Do salão um oferece e o outro pede a mão

No embalo do momento,

Se esquece toda prática e dança com sentimento,

Euforia que acelera os batimentos

E retém olhos atentos a cada movimento

Do girar, balançar, o para lá e para cá

No ritmo da canção...

Apenas siga ... O som que pede o coração.