A HISTÓRIA DE MINHA VIDA
Não quero escrever tudo de uma só vez.
Quero escrever as minhas páginas uma a uma,
tendo o direito de errar, de voltar a trás, me desmanchar,
enfim, de me reescrever...
Quero escrever o livro da minha vida,
paulatinamente, displicentemente, inocente ou coerente!
Quero expor aquilo, que só falo ao papel,
meu companheiro, amigo , mensageiro e cúmplice.
Que me suporta de qualquer jeito, a qualquer tempo...
em prosa, em crônica ou em verso, ou no reverso de mim mesmo.
Pois, quem tem lápis e papel como amigo,
tem o prazer de nunca estar só, talvez sozinho, mas jamais só!
É ter o privilégio da agitação do silêncio.
É estar sempre bem acompanhado de pensamentos!
De vozes do silêncio, da canção cantada pelo vento e dos aromas de outrora...
Das lembranças que acalentam a alma.
É estar sempre cercado pela cerca da recordação das boas horas da vida.
Na verdade, é ter a imaginação ao seu favor,
desenhando, rabiscando, talhando ao fundo...
O seu romance, seu drama, seu monologo...
ou apenas, um ato breve, repleto de cenas da vida.