LIBERTAÇÃO... QUE TANTO SE TARDOU!
Sombras que s’esvaem
Do alento que em fortes ânsias o peito vibra
Ó madrugada fria! a que se foge de mim agora!
Libertação... viva e real
Da longa noite que parecia não se findar
E destarte surgem os primeiros raios da manhã
Qual um diamante a que lapidado estará em seu real momento
E aos olhos de quem dele for digno então brilhará
Desilusão?
Que seja!
Daquela pedra que num tempo atrás suja s’encontrara
Quão por isso fora em tal grau desprezada e evitada... ignorada
Ao que se diria, pouco ou, mesmo, nad’amada
E destarte quanta vergonha de tantos que em su’ignorância
... amaram, pois suas frívolas bijuterias
Quando achavam a que teriam em suas mãos... preciosos diamantes!
E não fui assim igualmente desta forma?
É quando a verdade golpeia quem antes se protegia
... por suas torpes mentiras
Não, de form’alguma será covardia fugir de seus engôdos
Do que antes se criava ser ditosa, pois a vida
Quanta ilusão!
Quanta mentira!
Oh, não!
Mas, quanto demora esta bendit’alvorada!
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21 de novembro de 2018