Alma, um terreno delicado
Batemos o ponto no dia a dia
Não perdemos as classes
De enfeitarmos os sorrisos
Com detalhes de empatia
Junto com a base
Disfarçamos a nostalgia
Para que a alma não se sinta vazia
Não disponibilizamos nossos corações
Em balcão de atendimento
Não vendemos expectativas
Por medos de vulneráveis sentimentos
Que não passam de um dia
Não suportamos preencher a alma
Com vagas já ocupadas
Por sonhos incertos
Que só alimentam nosso ego
De sentimentos incompletos
E deixamos a grama se perder
Dentro de um vaso no vazio
Por medo dos descontentamentos
Que nos intervalos das vidas
Um dia existiu
De repente percebermos
Que desbravar uma alma
É como pisar em ovos
De pensamentos indefesos
Dentro de uma caixa vulnerável
Onde se guardam os nossos segredos