Eclipse
Para onde o verso?
Parece que quando se procura se esconde
Ou será o poeta que adormece?
Quem sabe sejam as horas muito altas.
A noite talvez esconda o motivo
E a palavra viúva das centelhas tateia
Incendeia bravatas em lugar de doçuras
Procura na lua e em vão se arrebata.
Cansado se recolhe e adormece doente
Onde palavras que vertiam abundantes?
Estradas tantas, ondas abraçadas
Na mesa o papel, amanhã quem sabe...