FALCÃO
Ele era um falcão
Porém adestrado,
Corrente nos pés
Não podia voar.
Mãos calejadas
Pele queimada
Rosto enrugado
De tanto trabalhar.
Porém um dia esqueceram a corrente aberta
Bateu suas asas com dificuldades
Tentou levantar voo e foi-se a tombar
Levanta aqui, levanta lá.
Um horizonte avistou
No balanço das asas
Sem rumo, sem casa voou firmemente
Sentiu em seu rosto gosto de liberdade
E por entre as nuvens nem viu tempestades.
Depois do nevoeiro a chuva passou
E a liberdade em seu peito fortemente tocou
Lindos cantos na vida o falcão entoou
Com graça e faceiro, feliz e sem dor.
JOEL MARINHO
 

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