LADRÕES DE ALMAS
Com sutileza, como invadem os demônios de carne e osso
... as entranhas de nossa terra!
A que não chegam armados com suas mãos
... nem com pistolas... nem com canivetes
Oh! vetusta humanidade que o maligno assim nos roubou
... no ingênuo instante de nossa torpe distração!
E são tantos:
Os sistemas... a televisão... as igrejas... as leis... o mundo...
Ai, quanta liberdade nessa indecência e manipulação!
E quem a eles resistem a ponto de desobedecer-lhes o mando?
Haveria pelo menos um?
E desta forma os são:
Trombadinhas das esquinas... da vida
Oh! cuidado! que ninguém se descuide
Querem, pois roubar nossas almas
Ah! quem me dera se agora morasse numa floresta
... ou numa praia deserta!
Ou será que mentido para mim estaria
Pelo que no íntimo repetiria o poeta português:
"Gostava de estar no campo
... para poder gostar de estar na cidade"?
(Fernando Pessoa)
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8 de outubro de 2018