Com licença poética

Quando nasci um anjo barroco,

desses rechonchudos, disse:

- ide e seja devaneador e louco

trovador, saia da mesmice.

Aceito está sorte, tampouco,

serei neste fado só sandice,

terei, também, a imaginação.

Não sou tão eu de maluquice

que venha sem a razão.

Acho o cerrado uma beleza

ora sim, ora não, darei adeus ao sertão.

Mas o que sinto, e que seja pureza

ponho a inundar o meu coração.

Dor tenho não. Só leveza!

Se choro ou lamento é de emoção.

Cumpro a sina!

Já a inspiração a levo aonde vou.

Se é maldição, eu, ave de rapina.

Poeta é fingidor. Eu sou.

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Setembro, 29, 2018

Cerrado goiano

Paráfrase.

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/09/2018
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