O TEMPO
(Sócrates Di Lima)
O tempo escraviza,
voa feito um falcão
em busca de suas presas,
Não suaviza,
Nem vai na contramão,
tem lá suas surpresas.
O tempo é um relógio desgovernado,
Um livro aberto frente ao ventilador,
sem previsão o tempo tem pressa,
é um invisível supersônico
Um míssil de um ditador,
Que em velocidade da luz,
o mundo conduz,
Nosso portal atravessa.
O tempo é o trem da morte,
não vende passagem de volta,
Nas quatro estações não para,
tem seu próprio Norte,
Não revolta,
Porque o tempo na frente dispara!
E por conta disto,
Perdemos tanto tempo,
Com futilidades,
Com desumanidades,
Com atos esquisitos,
Contratempo,
Esquecemos a felicidade.
Quem no tempo se escraviza,
No relógio se sacrifica,
Deixa a vida passar...
no tempo que não avisa,
E sua felicidade crucifica,
Numa cruz onde mata o seu direito de amar.
Então, preste atenção no tempo que o seu tempo tem,
E não perca tempo com bobagens,
Um ano a mais na sua vida lhe retém,
Uma infinidade de coragens,
Para viver o seu tempo em harmonia,
Na realidade, sem fantasia,
Na mais doce poesia,
Onde Deus, assiste a tudo,
E é a razão da existência do tempo, sobretudo!
Hoje talvez, você faz anos,
Completa mais uma etapa da sua lida,
Assim, não perca tempo com tantos enganos,
Que atrasam o tempo, da sua vida.