ENGANOSOS OLHOS PELA FUGACIDADE DO QUE VÊEM

Oh, durou apenas um brev’instante

Ao que não tardou talvez por não querer afadigar os olhos

E assim não sobrou nem vestígio ou prova do que se foi

Contudo, foi...

Sonho de um encanto que se agonizou... e findou

A deixar para sempre o semblante de quem no tempo amou

Oh! Ingênua vista a que s’inebria pelo que se vê

Talvez, melhor seria se cega a fosse, minh’alma

E destarte, quem sabe, de verdade enxergarias

Todavia, vede que seus olhos são, certamente, sua maior maldição

Formas que aos meus olhos em tal grau fascinam

Mas, que pena! não são perfeitas

Pelo que no tempo envelhecem... desvanecem... e morrem

Se perfeitas fossem... vede que eternas seriam

Ou seriam eternas visto que são perfeitas?

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 24/09/2018
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