SOPRO PERDIDO
Nas frestas apertadas
do meu viver
vou aparando arestas
dissolvendo manchas
esparramadas,
no decorrer do dia.
Partículas de rochas
sopradas pelo vento
batem em meu rosto
caindo ao chão
quando passo a mão.
São como as migalhas da vida
no sopro perdido
se apagando
parecendo o nada,
pairando na solidão calada.