Saudade
Em abandono, perdi-me no escurecer,
entre sombras e imagens,
arrastada pelas ondas de perfume...
Vagalumes já vagam,
a várzea regurgita,
ouço o canto dos sapos.
Doce e estranho jardim!
Os canteiros eram grandes quadrados
ou triângulos de flores vívidas,
coloridas: vermelhas,
amarelas e brancas, lilases,
o verde de entremeio...
Ah! do amor vem a saudade,
puramente paisagística e delimitada,
à geometria da praça.
Há perfumes assim,
levam-nos para insólitas paisagens
e vivências fugazes...
Só vejo o horizonte,
um aperto largo
sobre o peito vazio,
levada para alamedas sem calçada,
cheia de folhas e flores,
onde não se sente mais a mágoa...
Em abandono, perdi-me no escurecer,
entre sombras e imagens,
arrastada pelas ondas de perfume...
Vagalumes já vagam,
a várzea regurgita,
ouço o canto dos sapos.
Doce e estranho jardim!
Os canteiros eram grandes quadrados
ou triângulos de flores vívidas,
coloridas: vermelhas,
amarelas e brancas, lilases,
o verde de entremeio...
Ah! do amor vem a saudade,
puramente paisagística e delimitada,
à geometria da praça.
Há perfumes assim,
levam-nos para insólitas paisagens
e vivências fugazes...
Só vejo o horizonte,
um aperto largo
sobre o peito vazio,
levada para alamedas sem calçada,
cheia de folhas e flores,
onde não se sente mais a mágoa...