DOCE POESIA

Se fosse eu de vidro já teria me quebrado,

mas como sou de barro

sou eu ainda jarro

guardando bonsais sagrados...

Se fosse eu de matéria de caverna

já teria sumido em eco

desaparecido nesse mato interno

que cobre a consciência,

mas como sou de barulho de rocha partida,

canto as estradas lisonjeiras

desta minha vida...

Se fosse eu do arco do guerreiro

já teria me tornado a flecha

que encerra

este capítulo

entrando estrada adentro

do seu coração que terno sorria,

varando o breu em luz

nesta doce poesia...