Melancolia
Alguém... Quiçá seja
Eu, tu, ele,
Nós, vós... Eles.
Arguiu-se de coragem e olhou para
Dentro.
Fulminantemente atravessou o
Lado de lá, sem pensar no de cá.
Vilipendiou-se a tal ponto de deglutir
O fato de não ser nada além de:
Taciturnidade
Misantropia, um
Sentimento que vaga, uma doce tristeza.
Eles, vós, nós...
Ele, tu... Eu. Existimos?
Algo deprimiu esta coisa, este ser.
O doutor afirma que é grave, a inspiração dita poesia
A ciência o trata de louco,
Voraz nas afirmações que nada acrescentam
A este vácuo perdido no olhar daquele
Que quer encontrar-se... Quem sou?
O que tu és? Debruçado permanece atônito sobre os
Seus joelhos trépidos.
Este estado de inércia lhe decepa o colo.
Voracidade a parte: esta coisa, aquele ser se alçou,
Desenvergou-se para a lida... A vida,
Deleitou-se e não quis sucumbir-se ao alento.
Revigorou-se para o hoje e isto
É fato,
Suas narinas foram permeadas de O2.
Argila, ar e água.
Sois assim... É pó... Imagem,
Semelhança que conspira num universo
Infinitamente grande.
Quando a criatura se assustou com o barulho do celular:
Já era segunda e a lida
Recomeçava.
É semana. Aff!
Precisas labutar... Que pesadelo.
Eugênio.
20/09/2018