Melancolia

A solidão foi minha primeira parceira

A dor era um hábito comum

Tão presente como o café no crepúsculo do dia

O aperto do peito anunciava meu desjejum

Irradiando o pesar da vida em uma melancólica melodia.

As feridas não me deixaram ver

As lágrimas tentei esconder

O chuveiro se fez meu melhor esconderijo

estava a um passo de me perder

Eu não fazia a diferença, imaginei

"Somos apenas poeira ao vento",

como dizia o Kansas

Seres insignificantes, sem importância

"Não devemos levar tudo ao pé da letra"

"lutar", "persistir", "tentar mudar" e "nunca desistir", eu sei

Mas eu não me via vivo, sob nenhuma circunstancia

Ítalo Ambrosini
Enviado por Ítalo Ambrosini em 18/09/2018
Reeditado em 03/10/2021
Código do texto: T6452385
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