Verso derradeiro

Silêncio de todas as eras que me invade.

Retratos,

sotaques,

retoques,

sossego,

sorriso emudecido

entre tantos beijos

esquecidos na memória.

Quanta memória!

Reescreve-se o sonho.

Remanesce alguma fé.

Silêncio de todos os verbos que me condenam

a um limbo de quimeras e orvalho.

Chora minh'alma,

sorri minha genética anêmica,

ressurge minha poesia emblemática.

Silêncio mineral ansioso por teus braços...

Verso derradeiro

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 12/09/2018
Código do texto: T6446708
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