Alma infeliz

Finjo que sorrio em meio a multidão

Choro por dentro lágrimas de solidão.

A cama vazia, há falta de alguém

Triste e chorando o vulto foi além.

O céu escurece em meus olhos marejados

Termino e paro

Com os lábios congelados.

As pálpebras não sabem o que é sorrir

Para alguém,

Ela abre e fecha

Numa dança do procura a quem.

O sol brilha em meio a cortina fechada

Não abro a janela

Para não viver um acaso.

O quarto parece gigantesco

Eu me fecho

Me reviro do avesso.

O estômago ronca querendo algo

Que não vejo.

O corpo grita

A alma esperneia

O espírito clama

Por salvação desta alma

Que nem céu, nem inferno almeja.

M em Poesias
Enviado por M em Poesias em 09/09/2018
Código do texto: T6444100
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