Um carinho mercantil
A vida toda promove encontros
E por todos os cantos espalham mesas
E banquetes regionais
Aumentam muros para os tímidos
Dançarem
E falarem seguros de que ninguém o atrapalhará
Se pegarmos gosto por gosto de cada um
De cada muro levantado
E formarmos um ser
Teríamos uma obra do Picasso com a monocelha da Frida Kahlo
A firmeza de uma leoa na hora da caça
E a delicadeza de uma borboleta
Vem a vida nos procurar
Ela está tramando alguma coisa
Porque tanto insiste em unificar
Em todas as praças tem bancos
A cidade com seu espirito mercantil
Vez ou outra
Quando confunde seu suor com lágrimas
Vez ou outra
Também te pede para descansar
Vez ou outra
Fala baixo como alguém que só quer reconciliar
Que pouco importa se quase ninguém te visita
Tenha em vista apenas
que tudo é para te transformar
E assim talvez terá um brilho no olhar