Verso ignóbil
Volto,
reviro-me,
invoco todos os sonhos
pelo sonho da possibilidade,
pelo desejo da pele e da chuva,
pela fé em ter fé que me valha a lágrima.
Caminhos tortos,
olhares mortos,
mas algum prazer no ato,
mas algum pudor beato,
sim,
demasiado prazer no silêncio do corpo.
Queima, meu sertão!
O poeta corre e vê,
o poeta morre de viver.
Rimas tantas.
Saudades tantas.
Verso ignóbil