Verso ignóbil

Volto,

reviro-me,

invoco todos os sonhos

pelo sonho da possibilidade,

pelo desejo da pele e da chuva,

pela fé em ter fé que me valha a lágrima.

Caminhos tortos,

olhares mortos,

mas algum prazer no ato,

mas algum pudor beato,

sim,

demasiado prazer no silêncio do corpo.

Queima, meu sertão!

O poeta corre e vê,

o poeta morre de viver.

Rimas tantas.

Saudades tantas.

Verso ignóbil

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 04/09/2018
Código do texto: T6439215
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