INCÓGNITAS

Seria sangria, no peito, o que me falta?

É retirar de algum modo os fragmentos de você em mim?

Seriam os lábios da tua boca que me prendem?

É por isso que, após tudo, ainda permaneço aqui?

Seria o cheiro da camisa que ainda me veste?

Ou seria a veste que não me deixa de vestir?

Seriam os passos que me guiam em tuas veredas?

Ou seriam as veredas que sempre me guiam a ti?

Não é de propósito que acordo clamando teu nome

E nem controlo quando não acordo por, contigo, sonhar.

Já é automático sofrer saudade tua

Macabro é pensar não sentir.

Teus beijos retém minha sanidade.

Minha felicidade insana provém de ti

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 24/08/2018
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