INCÓGNITAS
Seria sangria, no peito, o que me falta?
É retirar de algum modo os fragmentos de você em mim?
Seriam os lábios da tua boca que me prendem?
É por isso que, após tudo, ainda permaneço aqui?
Seria o cheiro da camisa que ainda me veste?
Ou seria a veste que não me deixa de vestir?
Seriam os passos que me guiam em tuas veredas?
Ou seriam as veredas que sempre me guiam a ti?
Não é de propósito que acordo clamando teu nome
E nem controlo quando não acordo por, contigo, sonhar.
Já é automático sofrer saudade tua
Macabro é pensar não sentir.
Teus beijos retém minha sanidade.
Minha felicidade insana provém de ti