Sempre em busca
No espelho
Sempre me surpreende
A imagem que vejo.
A alma se rende
Uma luz se acende
Com histórias para contar
Nunca esquecidas
Escondidas
Nos sulcos das face
Guardadas no olhar
Inesquecíveis
Indizíveis
Perdidas na voz rouca
Que falou demais
E ainda tem o que dizer
Armazenadas no ouvido
Doce ruído
Que muito se esforça
Para ouvir o inaudível
Mas guarda o inesquecível
Que na partitura fica
Na melodia rica
Permanece no aroma da vida
Em constante inalação
Que fortalece o pulmão.
Bate forte o coração
Por se alimentar de amor
Da família abençoada.
Viveu a dor
A sobredor
Sofreu a perda de pessoas amadas
Iluminadas
Mesmo assim, quer viver
É um doce bem querer.
Apesar do olhar embaciado
Menos ágeis as mãos
Até mesmo entre desvãos
Pés muito teimosos
Bem buliçosos
Conduzem a caminhada
Quase alada
Em busca de bem viver.