Momentos de angústia

Para cada pranto, um canto onde me reencontro em um lar dentro de mim.

Sozinho e atônito, escondido em escombros, ruínas de sonho onde decido ser eu ou não ser, enfim.

Mais uma noite negra e sombria, ando na penumbra do que fui um dia.

Lembranças remanescentes de ser gente, de ver gente, onde para si era presente, para todos os outros inexistentes.

O mundo já não gira, o sol se quer brilha, grades de cor sangria me prendem em uma armadilha criada por mim, para mim mesmo.

Parada defronte aquela porta, aguardando o último suspiro, a morte da alma já foi decretada, não está entre nós em espírito.

Espera a morte carnal dentro do seu eu exílio, para ela é o recomeço, e o fim desse submundo.

E para terminar tudo, plante em meu tumulo a flor mais alva que houver no mundo.

Pretaellen
Enviado por Pretaellen em 20/08/2018
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