Momentos de angústia
Para cada pranto, um canto onde me reencontro em um lar dentro de mim.
Sozinho e atônito, escondido em escombros, ruínas de sonho onde decido ser eu ou não ser, enfim.
Mais uma noite negra e sombria, ando na penumbra do que fui um dia.
Lembranças remanescentes de ser gente, de ver gente, onde para si era presente, para todos os outros inexistentes.
O mundo já não gira, o sol se quer brilha, grades de cor sangria me prendem em uma armadilha criada por mim, para mim mesmo.
Parada defronte aquela porta, aguardando o último suspiro, a morte da alma já foi decretada, não está entre nós em espírito.
Espera a morte carnal dentro do seu eu exílio, para ela é o recomeço, e o fim desse submundo.
E para terminar tudo, plante em meu tumulo a flor mais alva que houver no mundo.