Incógnita...
Chega sempre o momento em que já não sabemos mais o propósito das coisas.
Sempre fui um furacão que saia arrastando tudo pela frente.
Contei nos dedos as vezes que cheguei e deixei tudo em estado perfeito.
Quando foi que parei de ser o que eu fui?
Mais o que eu fui? O que eu sou?
Às vezes, talvez todos os dias, sou uma incógnita, nem mesmo eu consigo decifrar.
As coisas mudam tão rápido de lugar, tomam proporções imensas e me dão medo, me trazem um peso…
Paro e penso, fico em silêncio, observo as pessoas, as horas passar, me pergunto se o que quero, ainda é o mesmo.
Sou uma oscilação de sentimentos.
Dá uma vontade imensa de chorar, por motivo nenhum ou talvez por tudo.
Por hora prefiro me desligar, às vezes em questão de segundos insanos, fugir está sempre no topo dos meus planos.
Em dias como esse, nublado, uma junção de calor com frio, meio sei lá, é como eu sou, mas estou sempre prestes a mudar.
E nunca ninguém está por lá, ninguém pode me segurar.