O sertanejo

Então é tarde

Uma tarde quente que arde a terra

E vejo pela a janela um pequeno homem

Cujo feras já viu de perto, muito perto.

Sentada em uma velha cadeira de balançar

Fico observando aquele homem a caminhar

Com regadores cheios de água a regar

Uma pequena plantação de verduras.

A passos coordenados e hoje calados

Observo inerente esse homem cheio de calos

Com a pele queimada e as marcas da idade velados

Na alma e no coração que endureceu pelos caminhos ralos

Desse sertão de meu Deus, onde a chuva falta

E o sol é uma luz muito alta

Talvez eu passe aqui horas ao o observar

E ele nem irá perceber que estou a o desenhar

Por meio das minhas palavras que Deus veio a plantar

Finalmente o sol foi embora

Já estava na hora

Daquele velho e bom sertanejo

Tomar o seu simples banho

E se render ao desejo

De em sua rede deitar

E se embalar até o seu corpo adormecer

E o novo amanhecer o acordar

Ao meu Velho Pai

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 09/08/2018
Reeditado em 09/08/2018
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