VIDA EM ESPIRAL
Não chores pela vida
que te aflige,
o mundo ao teu chorar
é mudo.
O abutre mata a fome
frente a infértil rio
e farto eleva ao sol
o seu voar sadio.
A Terra extrai do podre
o vivo
em novo esboço.
A vida cegamente
segue em espiral.
E alheia à borboleta morta,
nasce a flor.