VIDA EM ESPIRAL

Não chores pela vida

que te aflige,

o mundo ao teu chorar

é mudo.

O abutre mata a fome

frente a infértil rio

e farto eleva ao sol

o seu voar sadio.

A Terra extrai do podre

o vivo

em novo esboço.

A vida cegamente

segue em espiral.

E alheia à borboleta morta,

nasce a flor.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 02/08/2018
Código do texto: T6407241
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