A droga - A nossa atrofia irreversível
Chegar com as asas abertas
No alto de uma montanha.
Pousar nu sobre um casebre em ruínas.
Com as telhas desconjuntadas pelas ventanias das tempestades
Escoras ao meio.
Ouvir lá do fundo uma vozinha desfiada pela atrofia irreversível.
Estilhaços de corações espalhados pelo chão.
Vários membros com as razões desconjuntadas.
Há ainda vida nessas vidas arruinadas pelas drogas.
E nós vestidos da nossa soberba
Esquecemos que devemos entrar ali com os nossos pés descalços.
Para revelar a salvação das almas pelos acordes suaves das melodias de Deus que falarão em mensagens diretamente àquelas almas.
O mal maior do mundo é julgarmos que nós somos invencíveis ao mal.
Manipulados nós somos apenas mais um em milhões de clientes nas drogarias.