O caminhante e a flor
Caminhante solitário, carregado pela estrada vazia, pelo prazer da viagem lenta em cada passo. Sem rumo definido, senão ao teu coração esplêndido. Olha pelas frestas do tempo, o amor que as horas fazem ao pensar em ti. Tu és canção linda pingando em notas sublimes na distância. Caminhante para e ouve; e logo se vê cantando junto.
Então tu, te tornas dança; e o ritmo, é o bálsamo que exala de tua essência.
Tua voz e teu riso, completa harmonia da felicidade, que sente,
com a que distribui. Caminhante pega para ele e sorri.
Ventos que alisam campinas na pele e olham para cima,
só para verem os cabelos se movimentarem, por sobre os ombros.
Essa é a visão da beleza que fascina
e faz poesia nascer no peito do caminhante.
Tem rio descendo pela encosta dos sentimentos, fazendo banhar aldeias de bênçãos e amor. Isso, toque de emoções afloradas nos olhos lindos e nas carícias que os braços protetores, fazem no aconchego do abraço apertado. É magia teu jeito de sensibilizar e cuidar do caminhante.
A distância percorre de uma ponta a outra, toda extensão da separação, só para levar beijos para pousarem nos lábios macios.
Bebe da água da fonte da inspiração;
e volta sentindo suavidade e levitando em sonhos soltos no ar. Caminhante se deita nas nuvens, sujando as costas de poeira do chão. Descansa e vibra na sintonia que desenha teu corpo na mente dele.
A vontade é de fazer amor.
E as palavras se desprendem em aproximes e revelam intensidade e serenidade no mesmo contexto. Caminhante quer calor! E tem teus poros desabrochando gotículas; na alvura da epiderme, se junta a ti, num enlace de emudecer céus e fazer gritar outros tantos.
Conexão de quietude, suavidade, sabores e cores palpáveis, na concretude da magnificência do semblante, se corando nas linhas da viagem, em desejos de ardência, carinho e proteção.
É matéria e fulgor.
Tu és dádiva divina, flor perfeita de suave fragrância em profusão, passeando por outros vergeis. Caminhante é canteiro e quer ser jardim.